O
trabalho é a razão pelo qual as pessoas movimentam o planeta e, por conseguinte, a economia de cada país.
Mesmo, quando exercido individualmente,
ele determina uma reação em cadeia, onde todos acabam se beneficiando.
Inúmeras
são as áreas em que atuamos por isso estruturamos o trabalho de acordo com os
demais aspectos da nossa vida. Nada é isolado. Tudo está interligado.
Estudiosos
distinguem três formas de orientação no trabalho, sendo que, de algum modo, cada um de nós nelas se enquadra:
-Tarefa
-Carreira
-Vocação
Especialistas
afirmam que, quando o trabalho é
considerado uma tarefa, a pessoa se limita a
cumprir exatamente o que lhe é proposto. Essa, ao ser cumprido,
resultará em pagamento no final do mês. Não existe a menor ambição por uma
recompensa maior. O que importa,
neste caso, é receber o dinheiro para sustentar a família e cumprir com
os compromissos firmados. Caso o pagamento não ocorra, a pessoa simplesmente se afasta, suspendendo com isso a execução.
Quando o
trabalho é encarado como uma carreira, a pessoa
faz um investimento pessoal considerável.
A
realização pessoal, neste caso, também passa pelo dinheiro, porém há um fator
motivador que é o progresso profissional. O foco está voltado às possíveis promoções e ao aumento salarial. O prestigio e o poder, seduzem os interessados em
construir uma carreira.
A
partir do momento em que as promoções cessam – chegou-se ao mais alto patamar –
começa aos poucos a alienação e, com
ela, a falta de significado para continuar.
Quando
a pessoa considera o trabalho uma vocação,
estamos diante de alguém que é
apaixonado pelo que faz. A conotação é ampla. O trabalho passa a ser uma
contribuição para o bem maior, para algo maior do que tão somente o dinheiro no
final do mês ou a promoção e o
prestigio.
Bem, diante de tais classificações fica inevitável a
comparação com o nosso momento profissional. Será que o nosso trabalho
representa uma tarefa, uma carreira ou uma vocação?
Admiro
as pessoas que conseguem transformar um trabalho modesto em uma grande vocação. Elas estão
contribuindo para os novos rumos da economia, que está lentamente passando de
uma economia de dinheiro, para uma economia de satisfação. Obviamente que essa
tendência aumenta, na proporção em que aumenta a oferta de trabalho.
Quando falta trabalho, a
satisfação pessoal fica prejudicada.
Percebo
pelas minhas observações que a
moeda corrente, para muitas pessoas, é a satisfação com a vida. Embora, dificilmente ela esteja
no exercício de tarefas e, por vezes,
nem em promoções financeiras. Geralmente,
essa moeda é disputadíssima entre os felizardos que deslizam suavemente no que
consideram uma vocação. Sem dúvida, a vocação é a forma mais satisfatória de
trabalho. Por esse motivo,
sugiro a todos, que diariamente perguntem a si mesmos:
-
Minha vida profissional precisa ser assim?
-
O que posso fazer?
Com
toda certeza, a insistência dessa
pergunta permitirá o avançar da
indignação. E, à medida que a
indignação cresce, obrigamos-nos
a mudar. Quem sabe então,
desejaremos sair da condição de cumpridores de tarefas e de uma
pessoa de carreira, para um ser humano com vocação para a felicidade.
Quem
sabe?
IRLEI WIESEL
IRLEI WIESEL